sexta-feira, dezembro 19, 2008

Os papel dos biocombustíveis na nova realidade económica

As subidas galopantes dos preços das matérias primas petrolíferas e seus consequentes derivados levou a que fossem procuradas e consideradas novas tecnologias e alternativas capazes de satisfazer as crescentes necessidades energéticas. Se este factor, aliado com a pressão na redução das emissões de CO2, impulsionou o desenvolvimento das energias renováveis, por outro lado levou ao aumento do cultivo de açúcar, milho e produtos oleoginosos para a produção de biocombustíveis.


Mesmo com os receios de que as reservas de petróleo não sejam suficientes para manter o ritmo de consumo, o uso de terra arável para a produção de combustíveis sempre foi um tema quente devido à escassez mundial de alimentos. Aliás, já se assistiu a um súbito aumento dos preços dos produtos alimentares devido ao aumento da procura de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis. Para os países mais pobres estes aumentos podem ser absolutamente catastróficos. Porém a produção de biodiesel feito a partir de óleos alimentares usados continua a ser atractiva por se tratar de uma matéria prima quase a custo zero. No entanto esta é apenas uma pequena fatia que não é capaz de satisfazer o mercado.

Com as presentes e sucessivas quebras dos preços do crude devido à nova conjectura económica, põe-se agora a questão de que se é economicamente viável continuar a apostar no cultivo destes produtos agrícolas com a única finalidade que é a produção de biocombustíveis. No futuro, parece ser mais inteligente o desenvolvimento de novas tecnologias que não passem pela substituição directa dos combustíveis fósseis, mas sim, por exemplo, pelo aperfeiçoamento dos motores eléctricos e das células de combustível.

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